Conversando com o Preto-Velho (1)
- Marcos Adriano Vargas
- 4 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
“Filhos, os Guias de Umbanda não resolvem os problemas dos encarnados porque isso só cabe a eles. Nós tão somente mostramos o caminho. Se assim não fosse estaríamos tolhendo o livre arbítrio, retirando o mérito das vitórias e suprimindo o aprendizado das derrotas. As quedas fazem parte do aprendizado e as vitórias constituem o merecimento de uma ou mais vidas” (Pai Benedito).
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Muitos indivíduos chegam aos terreiros de umbanda e templos religiosos desejosos que os espíritos resolvam os seus problemas espirituais, materiais ou pelo menos que eles apontem a causa e a possível solução das dificuldades. Querem obter resultados imediatos e respostas que eles já possuem.
Demonstrando todo o seu amor pelos filhos encarnados, os Guias ensinam a abrir determinados canais e ativar forças que permitem retomar o caminho da evolução. Essa mensagem busca conscientizar-nos que possuímos livre arbítrio e, portanto, cabe a nós tomarmos as nossas próprias decisões. Essa faculdade constitui um dos maiores presentes de Deus aos seus filhos, pois delega a possibilidade de pavimentar a própria estrada da vida.
Escolhas corretas permitem gozar de méritos e, consequentemente, aproximar-nos do Pai. Escolhas erradas acarretam a negativação e em algumas vezes a queda do ser, permitindo fazê-lo ressurgir mais experiente, forte e equilibrado. Isso tudo é aprendizado e permite o auto-conhecimento.
Os laboriosos espíritos que atuam na Sagrada Umbanda amparam e direcionam os encarnados para situações e caminhos que os possibilite tomar as decisões certas. De nada adiantaria mostrarem-lhes o futuro, pois dessa forma estariam suprimindo a possibilidade de aprendermos com os próprios erros. Nenhum aprendizado é tão valioso quanto aquele cujo resultado das escolhas é vivido pessoal e intensamente.
Evidente que eles não nos abandonam, muito pelo contrário, estão sempre a nos inspirar mensagens de luz que criam condições novas para, de acordo com o meio em que vivemos, evoluir. São os encarnados – portanto -, ainda imbuídos do materialismo que embaça os sentidos, que não estão em condições de “ver” e “ouvir” as Suas Vozes. As Vozes de Aruanda não ecoam nos ouvidos do corpo, mas sim na mente e no coração, tal como uma chama luminosa que aos poucos clareia o lado obscuro da alma.
Ter bons pensamentos, orar sempre e se aproximar de Deus através da fé, caridade e reforma íntima, cria as condições necessárias para que eles possam ser “ouvidos” do lado de cá da Criação. Os Mensageiros de Luz nos dizem que um dia seremos Mestres de nós mesmos e, a partir daí, bastará afinar os ouvidos, silenciar a voz e buscar a resposta em nosso “Eu Interior”, tornando desnecessário buscar a resposta na espiritualidade. Quando este dia chegar os próprios encarnados serão senhores de si mesmos e poderão conduzir o próprio caminho da evolução!
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Marcos Adriano Vargas
Médium do Preto-Velho mensageiro
Dirigente do Templo Escola de Umbanda Aranauam (TEUA)
Cruz Alta - RS

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